terça-feira, fevereiro 22, 2005

Desorientação...

Acabou de passar na minha rua um carro a fazer campanha pelo PSD.
Se repararem na data deste post, depressa se aperceberão de que, ou eu estou louco ou alguém anda desprendido da realidade...Ambas as hipóteses merecem apreciação...

quarta-feira, fevereiro 16, 2005

humm..hã...quê?!dahh!!

Diz-se para aí à boca cheia que, com base em estudos estatísticos, os jovens portugueses andam cada vez mais "desinteressados" da vida política do país e que mais de 90% não pertence a qualquer grupo político. Como se fosse preciso pertencer à juventude de um qualquer partido e participar nas importantíssimas sessões de charrada e de colocação de cartazes em tudo quanto é muro, para ter uma opinião minimamente informada e um interesse nas questões do país. Isto a propósito do debate de ontem que, numa altura em que se tenta sensibilizar a juventude para a importância do voto, se esqueceu praticamente de abranger questões que importam a essa mesma juventude, ou seja, principalmente a educação (e não a legalização das drogas como alguns poderão pensar). Diga-se que o tempo dedicado a esta questão foi diminuto e mal aproveitado com um quase nulo de propostas. Tive, como jovem (isto soa tão mal), pena de não ter ouvido as propostas dos vários partidos para a educação secundária e universitária. Ficará para uma próxima oportunidade, ou talvez não.
Já agora aproveito para fazer a minha rápida, modesta e imparcial apreciação dos candidatos.
Francisco Louçã - Como é normal, mostrou-se bem artilhado para lançar ataques certeiros à direita de Santana e Portas. Pena que as suas intervenções não passem de meros ataques e quase nunca de propostas concretas. Não foram raras as vezes que respondia aos jornalistas de forma pouco clara e sem grande conteúdo. Trouxe à baila o caso da isenção à fusão de balcões, um dos assuntos que mais mexeu no debate.
José Sócrates - Limitou-se a carregar no play dos chavões utilizados nos cartazes e na campanha em geral. Não tem a capacidade de argumentação dos seus adversários o que acaba por lhe roubar algum destaque. Quanto à educação apenas apresentou a proposta de incluir o inglês nos programas desde o ensino primário, medida com a qual não posso deixar de concordar a 100%. Tentou a reboque de Francisco Louçã atacar Santana Lopes com o caso da fusão dos balcões de maneira bastante despropositada, o que acabou por mais tarde lhe sair caro, devido aos maus exemplos anteriores denunciados pelo líder do PSD.
Jerónimo de Sousa - É um velhinho simpático. Reflectiu na garganta riscada a rouquidão das cassetes comunistas.
Paula Portas - No meu entender "o melhor em campo". Foi quem apresentou as propostas do partido de maneira mais clara e objectiva. Nunca se demarcou do tempo que passou no governo como foi acusado por José Sócrates e atacou sempre os seus verdadeiros adversários. Pena as repetidas políticas de quase extrema-direita que exerceu enquanto no governo a mancharem-lhe o currículo.
Santana Lopes – A desilusão do debate. Passou todo o tempo que lhe estava destinado a defender-se dos ataques de Louçã e Sócrates. Não soube dar a volta, impondo-se pelas ideias e não pelas defesas aos ataques. Pena porque gostaria de ver muitas coisas esclarecidas quanto ao seu programa.
E pronto, foi a minha visão sobre o debate de ontem. Agora vou ali para o sofá ver televisão e mamar umas cervejas como bom jovem que sou.

segunda-feira, fevereiro 14, 2005

Agora e na hora da nossa morte...

A propósito da recente morte da irmã Lúcia dei comigo a matutar sobre os meandros do milagre de Fátima. Parto do principio, como céptico que sou, que tudo não passa de mais uma manobra do estado novo para manter a maralha entretida com os santinhos, esquecendo-se do que se passava “cá em baixo” (Bolas, tenho 20 anos, que é que eu percebo disto?). Mas vestindo a pele de um crente, fico com imensas dúvidas acerca da táctica usada pelos três pastorinhos para divulgar a notícia do aparecimento de nossa senhora em cima da oliveira. Afinal de contas naquele tempo qualquer cachopo que viesse com uma conversa dessas levava logo dois chapadões na boca para aprender a estar calado.
Não resisti a uma pesquisa na net sobre o assunto e acabei por descobrir um falso Site Oficial da Irmã Lúcia, com o qual me parti a rir e uma loja on-line de produtos oficiais de Fátima intitulado FátimaShop, com o qual me parti igualmente a rir, entre vários outros sites de grande interesse com os quais, e surpresa das surpresas, me parti também a rir.
Para finalizar só posso dizer que a nível político me identifico imenso com a virgem Maria, ou não fosse a sua mensagem anticomunista, e que lhe agradeço apenas por existir possibilitando assim a excelente versão do “Ave Maria” feito pelos Xutos nos 80’s e a já habitual figura da nossa senhora que a minha avó me oferece aquando das suas idas ao santuário, com intuito até agora em vão de me evangelizar. O meu “obrigados”.

quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Eu, como muitos outros,...

faço parte de uma triste geração que apesar de ter nascido nos anos oitenta não o fez a tempo de se lembrar de nada desses anos para além do “Duarte e companhia”, do “opoio soio toio soio”, da repetição do “Tom Sawyer” e do “Vitinho”. Para além disso, e já em relação aos 90’s, a minha geração só descobriu verdadeiramente os Nirvana quando Kurt já tinha ido desta para melhor, quando os Pearl Jam já estavam em fase descendente e quando Billy Corgan já era careca. Faço portanto parte de uma grupo que passou a sua idade do armário sem grandes ícones com os quais sonhar.
Para vos fazer prova disso, digo-vos que uma das minhas grandes referências dos 12/14 anos foi uma banda de seu nome “The Bloodhound Gang” que vi nascer em 1995 e dos quais arranjei há uns dias uma compilação de todos os álbuns. A emoção foi tanta que aos primeiros acordes de “You’re pretty when I’m drunk” e de “Kiss me where it smells funny” as lágrimas se me acercaram dos olhos, fruto de uma estúpida nostalgia que ainda hoje estou para perceber.
Agora digam-me como é que pessoas que cresceram a ouvir música, em que o alcance das palavras não passa daquilo que podem ver em baixo, podem acarretar o peso de serem “o futuro”.

"The Ballad Of Chasey Lain"

Dear Chasey Lain
I wrote to explain
I'm your biggest fan
I just wanted to ask
Could I eat your ass?
Write back as soon as you can

Dear Chasey Lain
I wrote to complain
Ya never wrote me back
How could I ever eat
Your ass when ya treat
Your biggest fan like that?

Dear Chasey Lain
I wrote to constrain
This letter is my last
As your biggest fan
I must demand
You let me eat your ass

You've had a lotta dick
I've had a lotta time
You've had a lotta dick Chasey
But you ain't had mine

P.S.
Mom and Dad this is Chasey
Chasey this is my mom and dad
Now show 'em them titties
Now show 'em them titties

Would ya fuck me for blow?