sexta-feira, novembro 24, 2006

Se eu fosse um super-herói...

...seria Deus Nosso Senhor. E a minha primeira medida seria acabar com a fome no mundo e transformá-la em fomeca. Ninguém morre de fomeca. Come-se um pastel de bacalhau pra enganar e pronto.

Pseudo típico.

Caí em desgraça. Eu que passo metade da vida a falar mal de clichés foleiros e de frases feitas e de estereótipos ridículos (divertimento este que, se pensarmos bem, no seu conjunto não passa também ele de um cliché), tornei-me naquilo que mais odeio. Tornei-me num “típico”. Agora sou um “típico” e não há volta a dar-lhe. Senão veja-se: Não saio de casa, não faço a barba, passo horas à frente da tv, uso t-shirts com nódoas de molho de tomate, passo as noites a ouvir Sigur Rós e como se tudo isto não bastasse, tenho a genuína certeza de que sou um triste (só não mando navalhadas nos pulsos porque isso não dá jeito nenhum, porque os 16 anos já lá vão e porque também não estou assim tão desesperado por atenção). Ou seja, sou o típico pseudo depressivo (mais deprimente do que depressivo) com uma pseudo depressão, derivada de pseudo problemas e sem pseudo soluções.
O problema é que com a depressão posso eu bem, agora esta típica e estereotipada reacção que ela provoca em mim é que me mata. Tem de haver uma maneira mais original de pseudo deprimir para além deste típico desleixe com a pilosidade facial. Parecendo que não, isto pica.