sexta-feira, janeiro 28, 2005

Esta quarta-feira fui privado...

de forma inesperada de fazer o meu joguito de bola semanal. Este facto que na altura me suscitou vontade de me encher de anti-depressivos veio a revelar-se favorável porque ao invés de estar a correr atrás da bola, estive comodamente sentado em frente à televisão a assistir ao "Portugal em Debate" da RTP1. Ok, neste momento quem me conhece estará a telefonar prós H.U.C. na tentativa de me encontrar acamado depois de ter batido violentamente com a cabeça, porque essa, pensarão eles, seria a única coisa que me faria trocar o futebol por um debate político. Mas podeis ficar descansados amigos, porque eu estou bem, ou pelo menos estou na mesma (uma coisa não implica a outra).
O que me manteve frente à televisão foi uma menina/senhora/socióloga/deputada pelo BE de seu nome Ana Drago, que já conhecia há algum tempo, mas pela qual nunca tinha dado o devido valor. Esta senhora deputada é uma autêntica pedrada no charco no panorama político português. Quando comparo Ana Drago com qualquer uma das suas colegas da política, como Odete Santos, Manuela Ferreira Leite ou Edite Estrela, chego rapidamente à conclusão que ela não só não me provoca o rebentamento da vesícula biliar e consequente vómito amarelado apenas por pensar nela sem roupa como acontece com os exemplos descritos, como me chega a causar uma certa vontade de me pôr todo nu aos saltos em cima da cama enquanto grito:"Oh Ana Drago, deixa-me possuir-te, por amor de Deus que eu já não me aguento!"
É que para além da sua inteligência a Ana é...é...(vá coragem!)...é gira! Não é nenhuma top model não senhor, mas tem uma carinha de puppy e gestos suaves e femininos que me enfeitiçaram de sobremaneira. Em suma tem um "je ne sais quois" que me caiu muito bem e que manteve à frente da televisão durante bastante tempo.
Refira-se que a dita inteligência de Ana Drago não tem, na minha opinião, resultado em nada que se aproveite do ponto de vista político, já que tive a oportunidade de lhe ler alguns artigos de opinião com os quais não consigo concordar minimamente, fruto com certeza da minha falta de paciência para com tretas de esquerda. Mas como a minha opinião nestas matérias é tão relevante como a do emplastro, a do palhaço Batatinha ou a do Manuel Monteiro, nem vale a pena seguir por esse caminho que comparado com a beleza de Ana Drago nem sequer tem grande importância. (pensando bem acho que a minha opinião é mais relevante que a do Manuel Monteiro).
Como consequência da minha panca por esta senhora deputada fiz uma pesquisa no google por algo relacionado com ela, o que me levou a ler um artigo de Miguel Sousa Tavares onde este lhe "arreia" fortemente. Aproveito por isso para me dirigir a esse senhor e lhe dizer (como se ele tivesse minimamente interessado em me ouvir): oh Miguel vai pró caralho.
Aqui vai uma pequena transcrição do tal artigo:

"Aqui há uns anos, na televisão, havia um programa de conversas em que o jornalista Luís Osório entretinha um debate com o dr. Daniel Sampaio e uma figura retorcida, que se sentava sobre as pernas, fazia uns vagos gestos com as mãos e, volta e meia, soltava umas frases desgarradas, tipo-pós-modernas, restaurante dos Tibetanos ou Frágil. Entre os meus amigos, baptizámo-la de "A Vírgula", devido aos seus contorcionismos, e divertiamo-nos a imitá-la no dito programa. Mas, ao consultar a lista de deputados saídos das últimas legislativas, constatei com espanto que "A Vírgula" havia sido eleita suplente na lista do Bloco de Esquerda e, como tal, estava destinada - devido ao rotativismo igualitarista do Bloco - a aparecer ocasionalmente como deputada da nação, isto é, minha deputada. Cheguei a vê-la, aliás, numa intervenção parlamentar, onde já não apareceu sentada sobre as pernas e a pose era claramente de alguém que tinha passado a levar-se francamente a sério - embora com piores resultados." Miguel Sousa Tavares" in "O Público"