humm..hã...quê?!dahh!!
Diz-se para aí à boca cheia que, com base em estudos estatísticos, os jovens portugueses andam cada vez mais "desinteressados" da vida política do país e que mais de 90% não pertence a qualquer grupo político. Como se fosse preciso pertencer à juventude de um qualquer partido e participar nas importantíssimas sessões de charrada e de colocação de cartazes em tudo quanto é muro, para ter uma opinião minimamente informada e um interesse nas questões do país. Isto a propósito do debate de ontem que, numa altura em que se tenta sensibilizar a juventude para a importância do voto, se esqueceu praticamente de abranger questões que importam a essa mesma juventude, ou seja, principalmente a educação (e não a legalização das drogas como alguns poderão pensar). Diga-se que o tempo dedicado a esta questão foi diminuto e mal aproveitado com um quase nulo de propostas. Tive, como jovem (isto soa tão mal), pena de não ter ouvido as propostas dos vários partidos para a educação secundária e universitária. Ficará para uma próxima oportunidade, ou talvez não.
Já agora aproveito para fazer a minha rápida, modesta e imparcial apreciação dos candidatos.
Francisco Louçã - Como é normal, mostrou-se bem artilhado para lançar ataques certeiros à direita de Santana e Portas. Pena que as suas intervenções não passem de meros ataques e quase nunca de propostas concretas. Não foram raras as vezes que respondia aos jornalistas de forma pouco clara e sem grande conteúdo. Trouxe à baila o caso da isenção à fusão de balcões, um dos assuntos que mais mexeu no debate.
José Sócrates - Limitou-se a carregar no play dos chavões utilizados nos cartazes e na campanha
Jerónimo de Sousa - É um velhinho simpático. Reflectiu na garganta riscada a rouquidão das cassetes comunistas.
Paula Portas - No meu entender "o melhor em campo". Foi quem apresentou as propostas do partido de maneira mais clara e objectiva. Nunca se demarcou do tempo que passou no governo como foi acusado por José Sócrates e atacou sempre os seus verdadeiros adversários. Pena as repetidas políticas de quase extrema-direita que exerceu enquanto no governo a mancharem-lhe o currículo.
Santana Lopes – A desilusão do debate. Passou todo o tempo que lhe estava destinado a defender-se dos ataques de Louçã e Sócrates. Não soube dar a volta, impondo-se pelas ideias e não pelas defesas aos ataques. Pena porque gostaria de ver muitas coisas esclarecidas quanto ao seu programa.
E pronto, foi a minha visão sobre o debate de ontem. Agora vou ali para o sofá ver televisão e mamar umas cervejas como bom jovem que sou.
4 Comments:
Não posso deixar de concordar contigo na maioria dos pontos. No entanto devo fazer-te notar que o Paulo Portas apesar de toda a sua retórica, é demagogo. Tendo nos seus três anos de governação conjunta o país perdido 150.000 empregos (o número que o PS tem na sua visão como objectivo para recuperar) ele vem acenar com os mil e poucos que conseguiu salvar, a expensas do erário público.
O Francisco Louçã apontou uma questão importante, ainda mais que a das fusões dos balcões que é a das operações financeiras no offshore da madeira. É certo e sabido que para a madeira ser um jardim há tanto tempo, a coisa tem de chover de algum lado. O Santana queimou-se nessa. Também se ele falasse, perdia o único sujeito dentro do PSD que ainda o apoia. Quanto ao Jerónimo de Sousa... muito sinceramente nem sei o que diga. Não percebo o partido comunista. Acho que terei de ler muito, até compreender o que vai dentro daquelas cabeças... Quanto ao resto, domingo se verá. Eu confio na mudança... mas aqui sou só eu ;-)
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