quarta-feira, junho 07, 2006

No rescaldo do "EM REPORTAGEM"...

Jovem! Se:
Tens o 6º ano de escolaridade;
Gostas de punk hardcore;
Te sentes perdido e sem perspectivas de futuro;
Usas o cabelinho a pente zero para não teres de o lavar muitas vezes;
Gostas mais do Hitler que do Cristiano Ronaldo;
Guardas uma shotgun na mesinha da sala por cima de um napronzinho de renda;
E sobretudo gostas de alambar umas galhetas nos pretos;

Não percas tempo e inscreve-te já na FRENTE NACIONAL, no PNR, no FORUM NACIONAL ou na ASSOCIAÇÃO NACIONAL DO DOCE CONVENTUAL que faz uma lampreia de ovos daqui (gesto de beliscar ligeiramente o lóbulo de umas das orelhas enquanto se franze ligeiramente o sobrolho).

Aí aprenderás a ser um ultra nacionalista convicto que gosta mais de Portugal do que da própria mãe e a te tornares num activista na luta pelos (extremos) direitos da nossa querida e tão portuguesa raça ariana.

Ah! E não te esqueças de te manter sempre bem informado visitando todos os dias o blog NACIONALISTAS AO PODER, onde a tua opinião será moldada em nome de um Portugal mais seguro e branco.

Se pelo contrário gostas é de cães farruscos e do Karl Marx (passe a redundância) ou se nem sequer percebeste o que está escrito acima não percas a oportunidade de visitar o acolhedor site da CONFRARIA DOS AMIGOS DOS ANOS SESSENTA DE VENDAS NOVAS onde podes, por breves momentos, te alhear deste mundo que é o nosso.

quinta-feira, junho 01, 2006

Era a continha faxavor!

Já sei que a felicidade não é momentânea. Sim já sei. Já sei que é impossível ser feliz sem saber o que se vai passar depois. É impossível a um etíope ser feliz depois de lhe darem um saco de Gatões e 2kg de gambas, sabendo ele que, arroz de marisco findado, voltará às pouco apuradas raízes de embondeiro. Já sei que há duas maneiras de ser feliz: sendo-o com a certeza afortunada do futuro ou com o desconhecimento da existência de um amanhã. Alguém só é feliz tendo a ilusão que o será no momento seguinte, ou sendo suficientemente estúpido para nem sequer pensar nisso. É por isso que eu nunca fui. No que toca a ilusões sempre fui muito céptico, e em relação à estupidez, fui sempre estúpido demais para não o ser.