terça-feira, maio 24, 2005

Está aberto o inquérito...

Então é assim, mshuack mshuack (som provocado pelo mascar de uma pastilha):
Passaram-me um inquérito cinematográfico para eu responder aqui. Como tenho medo de ser alvo de represálias, se não o fizer, resolvi aceitar. Convém dizer que não sou propriamente um fervoroso cinéfilo e que não consumo filmes em catadupa, mas como ele se lembrou de mim vou fazer o possível para não parecer um pacóvio, fazendo referência a filmes intelectuais com poucos efeitos especiais e com uma ou outra gaja nua pelo meio que confere a qualquer filme um teor intelectual/boémio irresistível a qualquer amante da sétima arte.

Aqui vai:

  • 1. Qual o último filme que viste no cinema?

O último filme a que assisti no cinema foi, e já lá vão dois ou três meses, o Coffee and Cigarettes de Jim Jarmusch no Gil Vicente. O filme é qualquer coisa entre o insano, o estupidamente cómico e o cruelmente real. É constituído por 10 cenas paralelas, todas elas passadas à volta de uma mesa de café e interpretadas por várias personalidades do mundo da música e do cinema.
Em casa o último filme que vi foi o Empire Records, um filme que não aconselho a ninguém, a não ser que, como eu, o tenha visto e adorado em miúdo.

  • 2. Qual a tua sessão preferida?

Não tenho grande preferência por alguma hora específica desde que seja de noite e à semana para evitar as habituais excursões de grupos de miudagem com bichos-carpinteiros no cu.

  • 3. Qual o primeiro filme que te fascinou?

O primeiro filme que me encheu verdadeiramente o olho foi o Regresso ao Futuro. Não sei porquê. Simplesmente gostava da ideia de andar para traz e para a frente. Ah e sempre gostei do Michael J. Fox.

  • 4. Para que filme gostarias de te ver transportado(a)?

Gostaria de ver transportado para vários sítios, mas estes recolhem maior preferência:

Gadjo Dilo de Tony Gatlif – O filme passa-se todo em pequenas aldeias ciganas na Roménia. As cenas são filmadas sem recurso a figurantes, ou seja, tudo o que se passa à volta dos actores é real e não combinado. Gostaria de me ver transportado para lá porque gostaria de conhecer melhor aquela forma de vida.

Qualquer filme do Emir Kusturica – Acho que não é preciso justificar esta escolha. Um universo onde o emplastro seria um símbolo de sanidade só pode ser um bom universo.

Qualquer filme de adolescentes americanos – Meninas com grandes seios, dinheiro a jorrar, inexistência de objectivos de vida para além de saltar para a espinha da colega de carteira. Quem é que pode pedir mais?

  • 5. E, já agora, qual a personagem de filme que gostarias de conhecer um dia?

Adorava dar dois dedos de conversa com o capitão Jack Sparrow e com a Mia Wallace.

  • 6. E que actor(actriz) / realizador(a) / argumentista/produtor(a) gostarias de convidar para jantar?

O grande, o enorme, o maior, Quentin Tarantino.

  • 7. A quem vou passar isto?

A ninguém. Posso vender se me surgir alguma proposta irrecusável.

segunda-feira, maio 23, 2005

Nem ligo nada a essas coisas.

Prometi a mim mesmo que não tocava em quaisquer assuntos relacionados com futebol neste blog.
Prometi, e vou cumprir...
Campeões!Campeões!Allez Allez Allez!slb, slb, slb!lá lá lá!

domingo, maio 15, 2005

definições...

Definição de hipismo:
Estilo de vida iniciado nos anos 60, em que os seus praticantes e seguidores cheiram inevitavelmente a cavalo.

"Desde Ceira até ao Ingote, Coimbra ERA a cidade do Rock!"

A propósito do último concerto, ontem, dos Tu Metes Nojo na queima dei por mim a pensar que tenho uma pena imensa de não ter nascido 10 anos antes só para poder desfrutar, enquanto estudante de Coimbra, da era dourada do rock da cidade.

Coimbra era conhecida como a capital nacional do rockabilly, do punk rock, como a Madchester portuguesa, sei lá. Era. Já não é.

Eu queria ser do tempo dos Tédio Boys, dos É Mas Foi-se, dos grandes concertos, da fuga à banalidade, da contestação. Queria. Mas não sou.

Pelo contrário, sou do tempo das porcarias das discotecas sempre a passar o mesmo lixo, da alienação, do estado de estagnação, da pasmaceira cultural, da epidemia de fashion victims, do Dolce Vita e da indiferença.

Coimbra era uma cidade diferente de todas as outras. Era. Mas (com excepção de algumas pessoas e bandas que continuam manter viva a chama do rockabilly) já não é.

E no meio disto tudo, o que mais me enerva é o facto de eu ser um totó como todos os outros e nada fazer para que as coisas mudem. Sou. E hei-de continuar a ser.

sábado, maio 07, 2005

anarquismos...

"No Punk Rock não há erros!" - Vocalista e guitarrista dos THE PARKINSONS, aquando do seu concerto, ontem, na queima das fitas de coimbra e a propósito de constantes problemas técnicos.

Eu assino por baixo.

quinta-feira, maio 05, 2005

Vim da rua de matar alguém...

" Vim da rua de matar alguém
e foi assim que eu matei por bem.
As razões? Não há razões.
É que eu não tenho mais amor para dar a ninguém.
Quero não amar para não cair.
Não vou dar e não vou ter a mesma forma de estar.
Tudo bem vai durar um dia,
faça agora tudo o que eu fizer.
Quero estar, voar e só contigo,
mas só enquanto eu quiser...


Agora sinto a dor, AGORA SINTO A DOR!
Por quem matei, por ter feito amor.
Qual dor! Eu só faço o que eu quero.
Eu não penso em ninguém só por pensar.
Meu nome é partir e voltar,
e tudo por bem..."

Manuel Cruz